Leonor não vai formosa nem segura
No seguimento da actividade de reescrita do poema camoniano, aqui segue mais um texto. Esta Leonor, tão pouco recatada como a anterior, abusou um pouco daquilo que não devia…
Descalça vai para a feira
Leonor pelo caminho
Vai Formosa e segura.
Leva na cabeça a estupidez
Os cestos nas mãos de prata.
Cinta de cabedal,
Casaquinho de renda.
Traz a vasquinha curtinha,
Mais preta que a terra pura.
Vai Formosa e não segura.
Escorre o vinho na garganta
Cabelos de ouro voando
Fita de cor amarelada
Tão feia que o mundo espanca.
Chove nela tristeza tanta
Que não dá gozo a formosura
Vai bêbada, por isso não se segura.
(Grupo do João Silva, 9ºB)
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